sábado, 27 de junho de 2009

Todos querem Maicon


Vou ser sincero. Quando Maicon foi convocado para a Seleção principal pela primeira vez, em 2004, fiz cara feia. Não achava que tinha feito por merecer ainda, e talvez ele realmente não tivesse até aquele momento. Mas o que eu não sabia é que ele tinha um grande potencial, que só foi explodir após sua saída do Cruzeiro, último clube brasileiro pelo qual passou.

Quando chegou na Inter de Milão, em 2006, depois de uma boa passagem pelo Monaco, o rendimento de Maicon foi tão bom que obrigou Roberto Mancini, então técnico do clube, a deslocar o capitão Javier Zanetti para o meio de campo. Maicon virou titular absoluto e desde então tem sido um dos jogadores mais importantes da equipe, juntamente com Júlio César e Ibrahimovic.

Não é à toa que Real Madrid e Chelsea estão disputando o jogador à tapas e que a Inter não quer ceder (alguns rumores falam em ofertas de até 35 milhões de euros). Maicon seria uma das soluções para o problema na defesa do Real. Com ele, Pellegrini poderia deslocar Sergio Ramos para a zaga central, que é sua posição de origem, abrindo uma vaga na lateral direita.

Não é exagero algum dizer que Maicon tem potencial para se tornar um dos melhores laterais da história do futebol. Ele não possui fraquezas: é forte, rápido, técnico, disciplinado taticamente, possui um ótimo preparo físico, ataca e defende com competência, além de ser um profissional sério e dedicado. É o sonho de qualquer treinador. É muito mais completo, por exemplo, do que Daniel Alves, que provavelmente é o segundo melhor do mundo na posição.

As viúvas de Nilton Santos, Carlos Alberto Torres, Leandro e Jorginho podem parar de chorar. Maicon é, no mínimo, tão bom quanto todos esses que acabei de citar. É hoje, com todos os méritos do mundo, o titular absoluto da Seleção. E vai ser muito difícil tirá-lo de lá.

Por: Eduardo Rocha

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