Fúria?

Parecia que tudo estava resolvido antes do jogo começar. O que todos imaginaram que seria um passeio, terminou em tragédia para a Fúria. Fúria, diga-se de passagem, que hoje e nos últimos dois jogos da fase de grupos esteve mais para Chilique.

A partida começou truncada, sem muitas chances para ambos os lados, com a Espanha buscando mais o jogo e os Estados Unidos utilizando-se de rápidos contra-ataques. O gol de Altidore, aos 17 minutos da primeira etapa, não mudou a forma de ambos os times jogarem, e o primeiro tempo terminou morno.

No segundo tempo, começou a bater o desespero. Nas poucas chances criadas pelos espanhóis, brilhou o desconhecido goleiro Howard, que esteve em noite insipiradíssima. Ainda deu tempo para que Dempsey ampliasse, aos 29. Ambos os gols em contra-ataque. Ambos em falhas dos fraquíssimos zagueiros espanhóis, que já mostraram suas limitações diversas vezes em seus clubes. Não resta dúvidas de que a defesa é dos maiores pontos fracos desse time.

Apesar de não ter apostado nenhum centavo nos EUA, eu já havia chamado a atenção anteriormente para os desfalques espanhóis e para as fracas atuações contra Iraque e África do Sul. Hoje, ficou mais do que evidente que Iniesta e Marcos Senna são absolutamente indispensáveis à esse time. Não apenas pela qualidade técnica que têm, mas também porque o elenco carece, e muito, de reservas de alto nível.

E novamente a Espanha confirma a sua fama de seleção pipoqueira. Hoje, além de perderem a chance de disputar o título, perderam também a chance de bater o record de invencibilidade que, com a derrota, continua sendo também do Brasil. Festa dos americanos e de Barack Obama, fã declarado de futebol (aquele que eles chamam de soccer mesmo), que deve estar pulando de alegria na Casa Branca.

Por: Eduardo Rocha